De: Adelmir Barbosa
Não se pode negar a importância que foi o processo imigratório no Brasil ao longo da história, para a formação e desenvolvimento cultural que fez desse país um dos mais belos do mundo. Um país cuja cultura se ergue, se estende e se expressa de forma tão amplamente múltipla, paradoxalmente impar e diversa e historicamente variada.
Entretanto, muitos cidadãos brasileiros se opõem a essa nova fase da imigração. Qual será o por quê? Será que essa oposição se dá pura e simplesmente por preconceito?
O fato é que essa questão não é tão simples como aparenta e como se faz perceber nos meios de comunicação e nas discussões nas redes sociais. Muitas dúvidas acabam por aflorar nos juízos de inúmeros brasileiros que por sua vez se distribuem em duas alas. A ala dos que são contra e a ala dos que são a favor.
Sabe-se que o processo imigratório no Brasil é algo recorrente e que se dá desde os primórdios da História dessa pátria "Mãe gentil". Aqui vieram e contribuíram histórica e culturalmente com a formação da identidade desse imenso país; portugueses, suíços, turcos, árabes, alemães, eslavos, italianos, japonese e muitos outros. Agora chegou a vez dos cubanos.
Em todos esses casos se pode abrir inúmeras discussões sobres seus aspectos positivos e negativos.
Por exemplo, em 1888 quando vieram os italianos e alemães. Na época, existia realmente carência de mão de obra? E quanto aos ex-escravos de origem africana que na época haviam sido recentemente "libertados" e que por sua vez também eram imigrantes, embora tivessem vindo a força para o Brasil? O que aconteceu com eles depois que sua força de trabalho foi substituída pela mão de obra dos "novos" imigrantes europeus?
E hoje, o que realmente está por trás desse novo processo imigratório? As universidades brasileiras não estão formando novos médicos, sendo necessário importar?