De: Adelmir Barbosa
Apesar das diversas tentativas de negociações e compreendendo os prováveis desgastes e transtornos provenientes de uma GREVE, os Servidores Públicos do Município do Crato decidiram tomá-la como único e último recurso, diante das tentativas frustradas de negociação com com a Gestão Municipal.
Na noite de ontem (01/04) o Gestor Municipal acompanhado de seus assessores e vários Vereadores, recebeu em seu gabinete, uma comissão de representantes da categoria dos Professores Municipais, juntamente com uma equipe do Sindicato. Após ouvir todas as reivindicações e dissabores dos profissionais da educação, o Sr. prefeito, após manifestar em suas palavras que estava ciente dos problemas relativos a aos baixos níveis de salário, ponderou que tinha o interesse em resolver essa questão.
"Eu ainda vou ouvir da boca de vocês que o Servidor do Crato é o mais bem pago da Região" - disse ele. Entretanto reafirmou que, no momento, não existe a menor condição de disponibilizar um reajuste superior aos 8%. Muito polido e atencioso no ouvir e no falar, continuou dizendo do seu desejo de solucionar todas as questões relativas a salário mas que, segundo ele, não podia agir irresponsavelmente, proporcionando um reajuste salarial acima das condições financeiras atuais do Município.
Alguns professores, o Presidente do Sindicato (o Sr. Júnior Matos), o vereador Amadeu de Freitas entre outros presentes, solidários à causa, argumentaram que os Professores contam com um Fundo próprio que é o FUNDEB e que não se pode destinar menos de 60% mas nada impede que desse Fundo seja utilizado um percentual maior (acima desses 60%) como investimento no reajuste salarial dos Professores.
Então foi a vez dos técnicos da contabilidade falarem. (E aí já viu né?) Numa linguagem bem específica desses profissionais, fizeram várias tentativas de deixar claro que os 40% do FUNDEB seriam destinados a equipar as escolas de condições para funcionarem melhor, entre outras coisas que careciam de reparos urgentes.
Contudo para os professores, não basta investir em equipamentos e infraestrutura das escolas. É preciso investir mais em salários, pois esses profissionais, os principais agentes da Educação, continuam sendo desvalorizados. Sabe-se que as escolas carecem de reparos e equipamentos mais que é possível economizar nesses itens para que se invista mais na categoria que continua sendo mau paga.
Considerou-se, portanto que as negociações não avançaram.
Então, hoje (02/04) os professores se reuniram em Assembleia Geral as 08:00h no Palácio do Comércio e após ouvir o testemunho da comissão de negociação da referida Reunião com Prefeito na noite anterior e percebendo a ausência de avanços e a inflexibilidade da Gestão Municipal, deliberaram pela deflagração da Greve Geral. Formou-se então uma Equipe de Comando da Greve que tratará das questões de articulação e mobilização. Vale ressaltar que as atividades nas escolas continuam normalmente até a quinta-feira. Nesse tempo, os pais deverão ser devidamente comunicados e esclarecidos a respeito da situação.
IMPORTANTE: sexta-feira, (dia 05/04 as 08:00h) haverá uma manifestação pública pela cidade. O local da concentração deverá ser devidamente informado com antecedência.
EM TEMPO: Ao contrario do foi equivocadamente anunciado em outa postagem nesse blog http://cultivodaarte.blogspot.com.br/2013/03/servidores-publicos-municipais-da_22.html, a proposta de reajuste da Gestão Municipal nunca ultrapassou os 8%.
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